D. Duarte Duque de Bragança presente na cerimónia de revelação da face do Rei D. Diniz

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S.A.R D. Duarte,Duque de Bragança esteve presente na cerimónia oficial que revelou a face do Rei D. Diniz (1261-1325).

A cerimónia teve lugar no Mosteiro de São Diniz e São Bernardo em Odivelas na periferia de Lisboa.

https://www.rtp.pt/noticias/cultura/o-rosto-de-d-dinis-700-anos-depois_v1625929

Os estudos que levaram a este resultado começaram em 2016, com o restauro do túmulo do Rei.
Em 2019, foi decidido abrir o túmulo e estudar e classificar o seu conteúdo.
Os cientistas e historiadores ficaram admirados com as boas condições dos restos mortais do Rei, nomeadamente o crânio e os ossos nasais.
Foram ainda recuperados vestígios do manto real e a sua espada.

A reconstituição da face do Rei foi possível com o auxílio da Universidade de Liverpool.

Apurou-se que o rei media cerca de 1,65m, tinha olhos azuis e cabelo claro. Surpreendentemente, tinha a dentição completa !

A construção do Mosteiro de Odivelas foi ordenada pelo próprio Rei D. Diniz em 1295, num voto de agradecimento por ter escapado do ataque de um urso quando caçava perto de Beja (Alentejo).

O mosteiro foi construído no estilo gótico tardio e foi entregue a monjas Bernardas da Ordem de de Cister de São Bernardo de Claraval.

Sofreu várias alterações nos reinados de D. João IV (1604-56) e D. João V (1706-50), mas o grande terramoto de 1755 provocou danos de grande vulto, sendo reconstruído em estilo neo-clássico.

( D. João V tinha uma particular estima por este convento, onde viviam retiradas damas da alta sociedade que o rei "frequentava".
A mais conhecida das quais Paula Teresa da Silva e Almeida, a célebre Madre Paula, mãe de ,pelo menos, um dos filhos bastardos do Rei, D.José de Bragança. D. João V determinou a construção, para Paula, de "uma residência cujo interior era digno da magnificência do rei do ouro", erguendo o edifício conhecido popularmente por "Torre da Madre Paula", demolido em 1948 devido ao perigo de derrocada)

Em 1834, as Ordens Religiosas foram abolidas em Portugal.
Para as Ordens masculinas, a medida implicou o seu encerramento imediato.
Para as Ordens femininas, estabeleceu-se que encerrariam quando morresse a última monja.
A última monja de Odivelas faleceu em 1888.

Anos mais tarde, o Infante D. Afonso, irmão mais novo do Rei D. Carlos, fundou no edifício devoluto do Mosteiro uma escola destinada às filhas de militares do exército e da marinha - Instituto D. Afonso .

A escola fechou há pouco tempo, apesar de inúmeras vozes contrárias.

Foi anunciado que o Mosteiro abriria em 2026, exibindo a espada do Rei, o que resta do seu vestuário, e o trabalho de restauro e recuperação que foi feito desde 2019.

Vejam o conjunto de fotografias - A Igreja, os claustros e a fabulosa cozinha.

https://www.cm-odivelas.pt/conhecer...esse/poi/mosteiro-de-sao-dinis-e-sao-bernardo
 
D. Diniz foi um dos mais importantes reis da 1ª dinastia - de Borgonha ou Afonsina.

Depois da consolidação das fronteiras efectuada por seu pai D. Afonso III, com a conquista do Algarve aos Mouros, estabelecendo uma das mais antigas fronteiras europeias, D. Diniz pôde devotar-se à organização do reino, à construção de inúmeros castelos na raia, prevenindo contra o vizinho castelhano, desenvolveu a agricultura e ordenou a plantação do pinhal de Leiria, que se veio a revelar importantíssimo para a construção naval, no seu tempo e, sobretudo, mais tarde no período das Descobertas.

Foi um dos mais cultos Reis do seu tempo, tendo recebido uma educação esmerada com professores franceses, mandado vir para Portugal por seu Pai, que, antes de ser Rei de Portugal (disputando o trono ao irmão mais velho D. Sancho II), tinha vivido em França e casado com a condessa de Boulogne-sur-Mer.

Foi um renomado poeta e trovador.

Casou com Isabel de Aragão, a Rainha Santa, célebre pelos milagres que lhe estão associados, sendo o mais famoso, o Milagre das Rosas.

O Rei criticava muitas vezes a Rainha por esta dar demasiadas esmolas, comida e dinheiro ao pobres.
Um dia, surpreendeu a Rainha quando ela se preparava para distribuir pães que transportava às escondidas sob o manto.
O Rei perguntou-lhe o que levava sob o manto ao que a Rainha respondeu:
"São rosas, meu Senhor."
E, abrindo o manto, o pão tinha-se transformado em rosas.
 

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